Antes eu estava surdo e mudo
Sentindo-me sozinho no mundo
Bastava-me a minha auto-existência
Antes de adquirir sapiência
Eu não contemplava meu reflexo
Até que fiquei perplexo
Aquilo que outrora me saciava
Agora mais sede me dava
Então surgiu o desejo
e não quis perder o ensejo
Busquei contemplar minha face
Algo que me representasse
Daí chorei sem parar
e minhas lágrimas criaram o mar
As águas passaram a me refletir
Foi aí que descobri o que era sentir
Maravilhei-me pelas sensações
Mas o prazer e a dor se tornaram prisões
E conduzido por meus próprios conselhos
Mergulhei bem fundo no mar de espelhos
Até perder a minha Identidade
e passei a sentir dela saudade
Comecei a buscar intensamente a verdade
No quebra cabeça da realidade.
Por Diôgo Santos
Por Diôgo Santos
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