sexta-feira, 6 de novembro de 2015

MAR DE ESPELHOS



Antes eu estava surdo e mudo       
Sentindo-me sozinho no mundo

Bastava-me a minha auto-existência
Antes de adquirir sapiência

Eu não contemplava meu reflexo
Até que fiquei perplexo

Aquilo que outrora me saciava
Agora mais sede me dava

Então surgiu o desejo
e não quis perder o ensejo

Busquei contemplar minha face
Algo que me representasse

Daí chorei sem parar
e minhas lágrimas criaram o mar

As águas passaram a me refletir
Foi aí que descobri o que era sentir

Maravilhei-me pelas sensações
Mas o prazer e a dor se tornaram prisões

E conduzido por meus próprios conselhos
 Mergulhei bem fundo no mar de espelhos

Até perder a minha Identidade
e passei a sentir dela saudade

Comecei a buscar intensamente a verdade
 No quebra cabeça da realidade.

Por Diôgo Santos

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