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Em diversas culturas o arquétipo do artista assume formas e nomes de diferentes divindades: para os celtas temos a Deusa Brigit, cujo nome significa a Brilhante, que além de reger as artes mágicas e curativas, também traz a inspiração artística.
Entre os egípcios temos Thoth, deus da sabedoria e da arte escrita, semelhante à Sarasvati hindu, a esposa de Brahma, dentre cujas qualidades figuram a sabedoria e a inspiração. Os gregos, por sua vez, possuíam diversas divindades correlatas às artes como Apolo, o deus solar e as nove musas, dentre as quais destacamos Calíope, a musa da eloquência; Erato, musa da poesia lírica e Clio, a musa da histórias narradas.
Estes são apenas alguns dos variados nomes de divindades ligadas à inspiração e à arte em geral, bem como a arte poética, a qual como já citamos era muito utilizada tanto para manter viva as tradições orais da época como provavelmente como ferramentas de magia, tal como são usadas ainda hoje como as letras dos cânticos devocionais da magia religiosa e sacerdotal. Veremos agora uma sugestão de um ritual junto aos deuses artísticos para receber inspiração:
Materiais para o ritual:
Vestimenta preferencialmente laranja
Erva de laranjeira ou outra erva energizante
Um incensário
Um incensário
Recipiente com água e sal grosso
Vela laranja (na ausência desta substitua por vela branca)
Incenso de uma destas qualidades: Alecrim, Benjoim, Lírio ou Gardênia
Um altar (pode ser improvisado para o momento)
Numa lua nova ou lua cheia
Numa quarta feira, nos horários de Vênus (12:00;19:00 e 2:00) ou Numa Sexta feira nos horários de Mercúrio (7:00, 14:00, 21:00, 4:00)
Procedimento
Tome um banho normal e em seguida outro de sal grosso do pescoço para baixo entoando o mantra Om Padyam Ah Hum. Depois Tome um banho de erva de laranjeira macerada para reenergização mágica. Vista a roupa ritual.
Pegue o recipiente com água e sal grosso e asperja a água no cômodo onde será feito o ritual, vocalizando novamente o mantra Om Padyam Ah Hum. Monte o altar no ponto central do cômodo voltado para o leste.
Ainda voltado para o leste feche os olhos e visualize um círculo de fogo astral em volta de si e em volta do ambiente (formando-se no sentido horário) para sua proteção espiritual. Visualize que nenhuma entidade oposta ao seu propósito possa ultrapassar o círculo.
Para descobrir as direções corretamente use uma bússola ou aplicativos de bússola que já estão disponíveis. Caso não tenha acesso a eles é só saber aonde nasce o sol. Então fique de frente para esta direção de braços abertos. À sua frente, aonde nasce o sol, é o leste. Atrás de você fica o oeste, à sua direita o sul e à sua esquerda o norte.
Depois de traçado o círculo, permaneça no leste (de pé) e fale: saúdo os elementais do ar e peço que protejam a minha mente! em seguida vocalize três vezes: Om Vayuayê Namahá.
Em seguida vá para o sul e diga: saúdo os elementais do fogo e peço que protejam o meu espírito. Então vocalize três vezes: Om Agnayê Namahá.
Agora se dirija ao oeste dizendo: saúdo os elementais da água e peço que protejam a minha alma. Logo vocalize três vezes: Om Apiayê Namahá.
E por fim se dirija ao norte e repita esta frase: saúdo os elementais da terra e peço que protejam o meu corpo. Então repita por três vezes: Om Pritivayê Namahá.
Terminada esta fase inicial, se dirija ao altar e acenda a vela (uma dica: se a vela demorar para acender mentalize o mantra dos elementais do fogo Om Agnayê Namahá, que a ajuda a acender mais rápido quando usamos o fósforo). Após acender a vela realize esta Evocação Poética por três vezes:
Por cada verso que em ti eu cogite
Para que me inspires, Brilhante Brigit
Que cada palavra que a mim for dada
Contenha a magia da harpa de Dagda
Que a harmonia total se propague
Ao som da melodia divina de Bragi*
Que a alegria que em mim extrapolo
Brilhe como o Sol e Ilumine como Apolo
Torno-me um canal de luz que conduz
A voz de Calíope que encanta e seduz
Falar com paixão é o meu aparato
Do meu eu interno guiado por Erato
A tradição repasso a qual custodio
Aprendendo a arte do conto de Clio
E os que resistem se tornam inermes
Com a eloquência que concede Hermes
Que à arte da escrita eu também me devote
À luz da sabedoria do Grande Mestre Thoth
Que o prazer de fazer arte todos possam sentir
Pelo amor do coração que abriga Sarasvati
(Por Sol Rhui)**
* Bragi se pronuncia /Bragui/ e não /Braji/.
** Não precisa falar a referência autoral para fazer a evocação mágica.
Em Seguida vocalize três vezes o mantra Om Sri Sarasvati Namahá e acenda o incenso sobre o altar.
Medite por cinco minutos com o controle da respiração e usando o mudra da benção: junte as duas mãos em forma de concha aberta na altura peito e abaixe a cabeça em forma de reverência. Assim você se torna receptivo às energias que solicitou.
Terminada a meditação receptiva, agradeça às divindades e aos elementais convocados pela presença e atenção. em seguida volte a saudar cada um dos elementais nas mesmas posições anteriores e na mesma ordem (leste-ar/sul-fogo/oeste-água/ norte-terra), agradecendo um por um a presença e a proteção (não precisa vocalizar os seus mantras novamente).
Após isso feche os olhos e visualize o círculo de fogo sendo desfeito e retornando do plano astral ao plano habitual. Em seguida faça uma nova purificação com água de sal grosso e com o mantra Om Padyam Ah Hum para tirar possíveis resíduos mágicos indesejados do ambiente.
Obs: É importante realizar o banimento aqui ensinado tanto para a abertura como para o fechamento do ritual para a sua própria proteção. Evite também declamar esta poesia por brincadeira ou sem as devidas medidas mágicas de banimento, purificação e proteção aqui ensinadas ou que você tenha conhecimento, já que se trata de uma poesia de Evocação Mágica. Boas Práticas!
Sol Rhui
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